Alunos analisam água contaminada do Rio Doce para estudar química

Professor Wemerson levou os alunos até o Rio Doce para coletar e analisar a água poluída.

O estudo vivenciado sempre chama a atenção de estudantes e proporciona um bom resultado no aprendizado. Um professor de Ciências do Ensino Fundamental de uma escola pública de Nova Venécia (ES) inovou ao oferecer aos alunos uma experiência rica em instrução e ainda em solidariedade.

O projeto de Wemerson da Silva Nogueira, que rendeu prêmio de Educador Nota 10 ao professor, transformou 40 estudantes do oitavo ano da Escola Estadual Antônio dos Santos Neves em jovens pesquisadores para analisarem a água do Rio Doce contaminada por metais.

A ideia de Wemerson era tornar o estudo da tabela periódica mais atraente, compreensivo e dinâmico, além de encontrar soluções práticas para melhorar a qualidade de vida da comunidade ribeirinha afetada pela água poluída.

Primeiramente, o professor explicou em aula sobre a maior tragédia ambiental ocorrida no Brasil. No dia 5 de novembro de 2015 uma barragem da mineradora Samarco se rompeu em Bento Rodrigues, região de Mariana, Minas Gerais. O rompimento da barragem de Fundão provocou uma enxurrada de lama contaminada por rejeitos de minérios que destruiu a bacia do Rio Doce, passando por cidades mineiras e do Espírito Santo. A tragédia arrasou vilas, deixou mortos e muitos desabrigados, além de afetar a agropecuária, pesca e ecoturismo dos municípios atingidos pela lama.

Após os alunos realizarem pesquisas sobre o fato, Wemerson os levou para coletar e analisar as condições da água poluída do rio. A ação, chamada de “Filtrando as lágrimas do Rio Doce”, proporcionou um estudo inovador da disciplina e ainda uma melhoria na qualidade de vida dos ribeirinhos, já que os estudantes criaram um filtro de retenção de minérios para limpar a água de uso doméstico da população.

Veja aqui o plano de aula do professor e assista aqui a um vídeo sobre o projeto.

Com informações de Nova Escola.

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