Escola e família devem agir juntas sobre fraldas e chupetas
Quem tem filhos que usam fralda e chupeta sabe o quanto geralmente é complicado fazer os pequenos desfraldarem e pararem de usar a famosa “pepeta” que tanto acalma em momentos de choro. E, se a criança frequenta alguma creche ou escola, essa fase pode se prolongar, caso os educadores não ajam em conjunto com os pais.
Esta opinião é da educadora Leninha Ruiz, que expressou em blog da Gestão Escolar, da Associação Nova Escola, a sua experiência com alunos em momentos de desfraldes e abandono de chupetas, como também de objetos de transição, como paninhos, naninhas, travesseiros, bichinhos ou cobertores, por exemplo.
Segundo a educadora, quando os pequenos passam a frequentar a escola, a família se surpreende com a capacidade da criança em aprender rapidamente a falar melhor, conhecer mais brincadeiras, cantar e se comportar diferente. Porém, mesmo participando da convivência coletiva, algumas crianças relutam em usar o banheiro, abandonar a chupeta ou algum objeto de transição. Neste caso, se não houver parceria entre escola e família, o avanço fica mais demorado e difícil.
Os motivos para a resistência em deixar as fraldas ou chupetas, segundo Leninha, são muitos, como os de alguns pais acreditarem que seus filhos são ainda muito pequenos para terem tanta autonomia, ou por outros não resistirem aos choros dos pequenos quando tentam convencê-los de abandonarem tais hábitos.
Para a educadora, o docente deve ajudar as famílias a pensar sobre a importância da criança conquistar gradualmente sua autonomia e oferecer ferramentas para serem trabalhadas em conjunto com os pais. Um exemplo é combinar de deixar o pequeno sem fralda durante mais tempo, convidá-lo para ir ao banheiro várias vezes e explicar que o uso de chupeta ou paninho será apenas na hora de dormir.
O alinhamento entre a escola e a família é muito importante para o progresso da criança, sendo que ela deve sempre ser comunicada de sua capacidade em conseguir deixar as fraldas ou a chupeta e ser incentivada de uma maneira tranquila e sem pressão.
Ainda segundo a educadora, a escola deve ficar atenta para a criança que estiver passando por alguma situação diferente, como a chegada de um irmão, ou um processo de adaptação que a deixe mais sensível. Neste caso, o desfralde e abandono de objetos de transição ou chupetas devem ser tratados com mais cuidado e paciência.
Veja mais:
- Campanha pede o fim do desfralde coletivo em escolas
- Por que as crianças chupam o dedo? Como diminuir esse hábito?
- Desfralde sem traumas: dicas de livros para naturalizar o assunto
Com informações de Gestão Escolar.