Humanização: médica interrompe seu próprio parto e ajuda paciente

Atendimentos humanizados, empáticos e acolhedores, infelizmente, não são uma realidade para a totalidade das mulheres. Ainda é crescente o número de relatos de mulheres que se sentem negligenciadas durante o parto hospitalar, principalmente devido ao tecnicismo e falta de sensibilidade da equipe médica.

A experiência da americana Leah Halliday-Johnson, de Kentucky, aconteceu no caminho contrário, para sua sorte. Ela chegou ao hospital com apenas um centímetro de dilatação, e, passada apenas uma hora, seu bebê já estava prestes a nascer, com o cordão enrolado no pescoço. O obstetra de plantão estava em intervalo, e a agonia de Leah crescia.

No mesmo hospital, a alguns quartos de distância, estava a médica obstetra Amanda Hess, que também estava em trabalho de parto. Ela caminhava pelo corredor já com a camisola do hospital quando ouviu um grito de dor. Depois de reconhecer a voz da paciente, que havia atendido há algumas semanas na consulta pré-natal, ela não hesitou em ajudá-la. Então, Amanda interrompeu os procedimentos do próprio parto para atender a paciente.

A história alcançou o mundo depois que uma colega de profissão da médica compartilhou o acontecido no Facebook. Ela conta que Amanda “ouviu as enfermeiras preparando uma mulher que precisava dar à luz imediatamente porque o bebê estava estressado – a criança estava chegando e precisava de ajuda.  A ginecologista da paciente estava a caminho, mas a Dr. Hess sabia que o bebê precisava de atenção imediatava. Então, em suas próprias palavras, ela “colocou outro vestido para cobrir as costas, vestiu uma bota sobre os chinelos” e trouxe aquele bebê ao mundo! Ela literalmente trabalhou até ao último segundo!!”, escreveu.

Poucas horas depois, nascia a pequena Ellen Joyce, primeira filha de Leah.

Hats off to this #DrMom and member of Physician Moms Group #PMG, Dr. Amanda Hess! This picture was taken minutes after…

Posted by Dr. Hala Sabry on Tuesday, July 25, 2017

“É reconfortante saber que existem mulheres cuidando de outras mulheres. Ela fez com que eu me sentisse bem sobre a vida”, contou Leah a uma emissora de TV local, CBNS.

“Um bom médico sempre pensa nos seus pacientes, mesmo quando eles mesmos são os pacientes também”, disse Dr. Amanda.

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