Mitos e verdades sobre o cordão umbilical enrolado no pescoço do bebê

A chamada “circular de cordão” é mais comum do que se imagina.

Muitas grávidas estremeceriam ao ouvir que seu bebê está com o cordão umbilical enrolado no pescoço. Se você está entre essas mulheres saiba que a situação raramente resulta em uma contraindicação para o parto normal.

O que permeia o imaginário popular é a fantasia de que circulares em torno do pescoço possam levar ao “enforcamento” do bebê.

A Revista Crescer conversou com o obstetra Jorge Khun, da Casa Moara, um espaço de convivência dedicado às mulheres grávidas em SP para desmistificar a “circular de cordão”.

Ele diz que ‘cerca de um terço dos bebês se encontra nessa condição no final da gravidez”. A circular é resultado da própria movimentação do feto, que pode fazer com que o cordão se enrole e desenrole diversas vezes. E, ao contrário do que prega o senso comum, ele não “enforca” a criança, e pode ser facilmente desenrolado pelo médico durante o parto, depois da passagem da cabeça do bebê.

Ultrassom a limpo

Para evitar que as mulheres se alarmem com a informação de que seu bebê tem o cordão enrolado no pescoço ou no corpo, muitos ultrassonografistas estão deixando de colocar essa informação no laudo do ultrassom.

“Em congressos, já ouvi profissionais renomados pedindo aos ultrassonografistas que não coloquem mais a circular de cordão no resultado do ultrassom, já que ela não é justificativa médica para uma cesárea”, diz Jorge Khun. Além disso, o ultrassom não é capaz de especificar se o cordão está apertado ou frouxo. De qualquer forma, não se trata de uma emergência que deva tirar o sono das futuras mães.

Portanto, se seu bebê está com o cordão ao redor do corpo ou do pescoço, converse com seu médico e fiquei tranquila, pois dificilmente isso significará a necessidade de abrir mão do parto normal.

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