Primeiros passos do bebê: menos comparações, mais brincadeira

Ver acontecer os primeiros passos do bebê é um momento inesquecível para qualquer família. Um marco do desenvolvimento, andar é um grande desafio para os pequenos e também um momento que gera muita ansiedade e insegurança dos pais.

“Ser paciente é entender que cada criança tem seu tempo para andar, dentro do que é esperado para o seu desenvolvimento”

“A posição ereta, necessária para o deslocamento, exige coordenação motora e equilíbrio que eles ainda não têm. Só vão alcançar a estabilidade com a prática, por isso é importante permitir que eles se desloquem, mesmo sem coordenação, o que implica em passos sem ritmo inicialmente”, afirma Vera Ferrari, psicanaista e presidente do Departamento Científico de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

A seguir, confira três dicas da psicanalista para ajudar o bebê a dar seus primeiros passos:

Cuidado com as comparações!

Na fase que antecede os primeiros passos, é comum as famílias ouvirem perguntas como  “Ele já não deveria estar andando?” ou comentários como “não está demorando muito?”

“Assim, começam as comparações, o que deve sempre ser evitado. Esse comportamento só intensifica a tensão quanto ao momento em que finalmente o filho andará com firmeza”, alerta a psicanalista.

Então, manter acalma e entender que cada bebê tem seu próprio ritmo é muito importante.

Atenção com os cuidados excessivos

A psicanalista também alerta para o excesso de cuidado com a criança nesse momento, que pode atrasar os tão esperados passos.

“Se houver um excesso de preocupação e uma necessidade muito grande de controlar os ensaios, limitando seus movimentos sob o intuito de protegê-lo, o que pode ocorrer é o bebê entender que andar é algo muito perigoso”, pondera.

Brincar, brincar e brincar

A brincadeira é um meio, e não um fim. E quando brinca, a criança também desenvolve competências necessárias para que consiga andar.

brincar também é importante para andar

Então, em vez de cultivar a ansiedade, crie oportunidades para que o bebê brinque cada vez mais, se movimente, role no chão, e continue seu processo investigativo do mundo.

“Esta é uma das orientações que indicamos para incentivar a conquista do andar, sem necessidade de forçar o bebê. Ser paciente é entender que cada criança tem seu tempo para andar, dentro do que é esperado para o seu desenvolvimento”, conclui Vera.

Com informações de Sociedade Paulista de Pediatria.