50 filmes, rodas de conversa e oficinas: vem aí a terceira edição da Ciranda de Filmes
A terceira edição da Ciranda de Filmes – primeira mostra de cinema no Brasil com o foco em infância e educação – acontece entre os dias 8 e 12 de junho. A mostra reúne exibição de filmes, oficinas rodas de conversa, vivências, e sessões seguidas de debates.
Com idealização, produção e curadoria de Fernanda Heinz Figueiredo e Patrícia Durães, a Ciranda definiu como o norte dessa edição os mestres, se referindo não apenas às pessoas como mestres, mas à arte e aos espaços de aprendizagem e transformação. Fernanda justifica a escolha: “Em tempos irresolutos, de crises complexas, múltiplas possibilidades e excesso de informação, se faz fundamental a descoberta, o resgate e o olhar para referências que nos inspirem, orientem e transformem. Tais referências podem se apresentar por vezes encarnadas em uma pessoa, em um encontro, na experiência com as linguagens artísticas ou em um espaço, natural ou construído por nós”.
Entre os nomes que estarão em São Paulo especialmente para integrar essa terceira edição da mostra, está José Pacheco (professor e educador português cujo nome está fortemente associado à sua criação, a Escola da Ponte, fundada em 1976).
Ao lado de Pacheco, circulando pelos cinemas e abertas a conversas sobre os temas correlatados à Ciranda, estarão também o líder indígena e escritor Ailton Krenak, além de profissionais, como Beatriz Goulart. Ela é arquiteta e especialista em projetos que integram cada vez mais as escolas e outros espaços de educação. Mônica Passarinho, bióloga, permacultora e educadora para sustentabilidade está atualmente à frente do Instituto Toca – e também integra o time de convidados.
Filmes
Entre os filmes programados há sinopses e histórias das mais variadas, assim como são as leituras e abordagens possíveis quando o tema é infância. “Bounce – How the Ball Taught the World to Play” é um documentário premiadíssimo que trata da paixão de crianças e adultos, ao redor do mundo, não só pelos jogos com bola, mas pela brincadeira e pelo lúdico. “Todo o Tempo no Mundo”, longa canadense, também angariou prêmios e aplausos por onde passou. A história de uma família (casal e seus três filhos de 10, 8 e 4 anos) tem emocionado e promovido reflexões a respeito das nossas escolhas e modos de vida. O filme registra a mudança desse grupo de uma cidade no Canadá para uma região remota, sem vizinhos, durante o período de um ano, num inverno rigoroso e sem eletricidade. O “Balão Branco”, já conhecido dos brasileiros, traz uma história aparentemente simples sobre o desejo de uma menina em ganhar um peixinho numa data comemorativa.
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