Pai viraliza ao apontar vaga ‘só para mães’ em supermercado

Ainda temos um longo caminho a percorrer quando o assunto é alcançar a igualdade na divisão de tarefas entre pais e mães. No imaginário social, a responsabilidade pelos cuidados e educação dos filhos ainda recai majoritariamente sobre as mulheres, e grande parte desse entendimento coletivo é refletida pelo próprio modo como a publicidade e o funcionamento dos espaços destinados a crianças nos induz a perpetuar esse pensamento.

O pai americano Justin Simard viveu essas contradições na pele ao ir sozinho até o supermercado com a filha de nove meses no colo. Ao procurar um lugar no estacionamento, ele se deparou com a seguinte placa em uma vaga preferencial: “Gestantes e mulheres com crianças de colo”.

Por que partir do princípio de que somente mulheres tomam conta das crianças? Este pai resolveu questionar e foi atendido.

Basta um olhar mais atento para reparar no quanto essa segmentação pode ser sexista. Afinal, por que homens, pais e demais cuidadores são excluídos do grupo que merecem prioridade? Por que não “pessoas” com crianças pequenas, ao invés de apenas “mães”?

Depois do acontecido, e de receber os olhares tortos de quem não entendeu por que um homem havia estacionado naquela vaga, Justin resolveu escrever um post em seu Twitter. Na post, que acompanha uma selfie do pai com a bebê, ele ironiza a situação: “Droga! Será que tenho permissão de estacionar aqui? #nãosoubabá #questõesdepai”, disse ele.

Na postagem, Justin marcou a rede canadense de supermercados em questão, a Sobeys, e recebeu prontamente o pedido de desculpas do estabelecimento.

“Você definitivamente tem direito a essa vaga, Justin! Qual local era este para que possamos atualizar a sinalização? #SuperPai”

Duas semanas depois, pai e filho voltaram ao local e foram surpreendidos pela nova placa, muito mais inclusiva, dizendo “Mulheres gestantes e clientes com crianças pequenas”. Veja a foto:

Lutar por mais igualdade de gênero surte efeito: depois de duas semanas, a placa foi substituída por outra.

A história reacende a discussão sobre as distinções de gênero presentes em sinalizações de locais públicos, como os trocadores de fralda, por exemplo, que na maioria das vezes ainda figuram somente nos sanitários femininos.

*Com informações de Huffington Post

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