Vem pra rua: mães organizam ato em prol do ensino público em SP

“Educação de Qualidade, Criança Prioridade” é o lema de um grupo de mães que resolveu dar voz à revolta em relação às pautas voltadas para educação na cidade de São Paulo.

Elas decidiram reunir outras mães também insatisfeitas para protestar e legitimar a busca pelos direitos. O grupo organizou um evento no Facebook, que já conta com mais de três mil confirmações, para o ato “Mães da Escola Pública em apoio aos professores”, previsto para o dia 20 de março, na Praça General Craveiro Lopes.

As mães, que consideram deixados de lado os temas relacionados ao ensino público, querem que seja cumprido o Plano Municipal de Educação. Além do arquivamento do Sampaprev (proposta de mudança na previdência dos servidores municipais, em trâmite na Câmara dos Vereadores),  elas reivindicam outros pontos, como a redução de crianças por sala de aula, que beneficia direta e imediatamente tanto os professores como as crianças.

O ato acontece no dia 20 de março e reúne mães e crianças.

  • O que é o Sampaprev?

O projeto dá origem a um “regime de previdência complementar para os servidores públicos do Município de São Paulo” e “fixa o limite máximo para a concessão de aposentadorias e pensões”. Além disso, ele cria a entidade responsável por essa “previdência complementar”. O projeto prevê o aumento da alíquota de contribuição à previdência pelo servidor de 11% para 14%. O Sinpeem – Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo –  segundo a Folha de S.Paulo, argumenta que o aumento da alíquota é inconstitucional e disse que não há justificativa para a mudança.

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A ideia é ir até a Câmara dos Vereadores, levando junto as crianças, uniformizadas. O grupo promete levar faixas e cartazes para registrar a reivindicação de direitos. “Chega de educação sucateada. Criança em primeiro lugar!” – consta na descrição do evento.

Hoje, no país, mais de 80% das crianças se beneficiam do ensino público. O grupo de mães vem fazendo interferências políticas dentro do universo escolar, buscando não só o cumprimento das obrigatoriedades como a consolidação de uma gestão democrática nas escolas e no sistema público, a fim de garantir o ensino laico e de qualidade.

Dentre as pautas do ato, estão a greve dos professores e o número de alunos por sala de aula.

As mães já levaram essas e outras demandas ao Secretário Municipal de Educação, no ano passado, mas não tiveram retorno. Também fizeram um ato contra a Ração na Merenda no dia seguinte ao anúncio da medida pelo prefeito.

Para garantir a segurança das crianças durante o ato, diversos movimentos sociais oferecerão suporte necessário e manterão isolamento dos manifestantes.

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