‘Cartas para Helena’: mãe emociona escrevendo cartas para a filha

A adolescência é um período complicado, turbulento. Cheio de dúvidas, incertezas, altos e baixos, descobertas. Quando, em meio a tudo isso, surge uma gravidez, o desafio é ainda maior. Foi o caso de Paola Rodrigues que, aos 15 anos, descobriu que esperava um filho do primeiro namorado.

Vivendo numa cidade do interior de São Paulo, a jovem enfrentou situações de bullying e machismo, além de uma série de medos e angústias. Mesmo diante de tantas emoções diversas, levou a gestação adiante e foi novamente surpreendida: a filha, Laura, faleceu pouco depois do nascimento.

Muito nova, então, Paola descobriu que a vida pode ser muito difícil, e enfrentou grandes dificuldades. Sem perspectivas, seguiu seu rumo, foi trabalhar como atendente em um shopping e então descobriu que novamente estava grávida.

Resolveu fazer diferente e deu um novo rumo à sua vida. Foi aí que a jovem decidiu canalizar todas as vivências e sofrimentos na escrita. Por meio de cartas à filha, ela passou a partilhar de suas experiências com outras mulheres, no blog que nomeou Cartas para Helena.

Paola Rodrigues é autora dos blogs Cartas para Helena e Não Pule da Janela, além de um canal no YouTube – os três abordam a maternidade e tem por objetivo partilhar experiências e ajudar outras mães.

Com uma mão no teclado e outra segurando a bebê recém-nascida, Paola passou também a escrever para alguns sites sobre música, cinema, literatura e games – a escrita virou profissão. Havia descoberto seu caminho: escrever e, por meio disso, ajudar as pessoas.

Foi assim, com relatos sinceros, que muitas outras jovens mães foram se identificando, e hoje o blog conta com cerca de 15 mil visitantes por mês. A previsão é de que, ainda neste ano, seja lançado um livro inspirado na trajetória da escritora.

O segundo blog, Não Pule da Janela, surgiu quando a escritora tomou coragem de escrever mais sobre os medos e descobertas da maternidade. Em dois anos de existência, o blog teve cinco milhões de visualizações e uma das colunas já alcançou mais de 21 milhões de pessoas pelo Facebook.

O objetivo dos blogs é mostrar que essas mães não estão sozinhas, nem desamparadas. É uma espécie de rede de apoio. É transmitir a mensagem de que, por mais difícil que seja, a maternidade é partilha, descoberta e união.

“Quando dividimos vivências estamos dizendo: Ei, eu passei por isso, te entendo e vai dar tudo certo!”, afirma Paola, que recentemente estreou também um canal no Youtube. Lá ela trata de temas ligados à maternidade e juventude de maneira despojada, como em uma conversa entre amigas.

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