‘Venha dançar com Olívia’, é o que os pais pedem nas redes sociais

A pequena Olívia, de três meses foi diagnosticada com paralisia cerebral (encefalopatia hipóxico isquêmica) depois de um parto difícil. Assim que voltou do hospital, uma rotina intensa tem desenhado a vida dos pais Marília Cireno, 33, arquiteta e costureira, e Fernando Peres, 43, artista plástico e dono de um bar em Recife, Pernambuco.

Quando acordada, Olívia tem irritabilidade intensa e somente para de chorar se estiver em algum braço em movimento ou sob o chuveiro aberto. Esgotados diante dos dias de dedicação ao bebê, os pais decidiram abrir as portas de  para pessoas interessadas em “dançar” com Olívia. “Com as visitas, pelo menos a gente se senta ou faz alguma coisa da casa”, disse a mãe.

“Venha dançar com a gente! É grátis! Basta marcar por mensagem”, diz um dos textos postados no Facebook. Surpreendentemente, a ajuda surgiu das mais diversas formas. Veio de amigos próximos, dos mais distantes e até de desconhecidos.

Para os médicos, é esperado que crianças com paralisia cerebral sejam apáticas ou muito irritadiças nos primeiros meses. No caso de Olívia, outros fatores foram agravantes, como a privação do contato humano nos primeiros dias de vida. Olívia ficou cinco minutos sem respirar, o que bloqueou a oxigenação do cérebro, provocando uma lesão. Passou 48 dias em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e foi alimentada por sonda durante quase dois meses, outro motivo de sofrimento.

“Uma criança que passou por todos esses imprevistos, um período longe de contato humano, sondas, picadas de agulha… O mundo não foi muito receptivo a ela. Por isso ela vivencia períodos de ameaça, chora bastante e só se sente bem quando vai para o colo, que é um lugar de segurança”, afirmou à Folha o neurologista da infância e professor da USP Saul Cypel

Para ajudar nesta dança, envie e-mail para mariliacireno@gmail.com.

 Com informações do Diário de Pernambuco.