Empatia: ‘Amor de mãe não é automático’, diz mãe em post

O blog Mundo Ovo traz um novo olhar para a maternidade, com posts densos sobre assuntos variados. Nina Ribeiro é mãe do Martin e recentemente contribuiu com uma publicação que levou o seguinte título: “Amor de Mãe não é Automático”.

Contrariando o mito do amor imediato, que não é comum para todas as mães, Nina é muito sincera ao dizer: “Eu não amei meu filho ainda na barriga. Quando ele nasceu, eu nem tive tempo de amar direito. Entrei no modo preciso-manter-esse-bebê-vivo-a-qualquer-custo que eu não sei se é algo instintivo ou não”.

“Ninguém é menos mãe porque não amou o filho automaticamente”, conclui a autora da publicação.
“Ninguém é menos mãe porque não amou o filho automaticamente”, conclui a autora da publicação.

A ideia de que toda mulher ama o filho assim que ele nasce ou mesmo antes disso é imposta como uma verdade absoluta no mundo materno, no entanto, não é bem assim que acontece. Não sempre.

“Quando meu filho nasceu, eu esperei ser automaticamente esmagada pelo sentimento e, bem, não foi bem assim”, diz Nina referindo-se à expectativa do pós-parto e da pressão para que fosse da forma como muitas mulheres relatam.

Mas ninguém é igual a ninguém, e nenhuma experiência de maternidade é igual à outra. Para algumas mulheres é sim um sentimento automático, mas para outras é um processo, uma conquista – como aconteceu com a autora do texto: “o amor veio depois, aos poucos, devagarinho e quase de surpresa”, relata.

Foi durante uma mamada que Nina entendeu. “Ele, o bebê, me olhou enquanto mamava, de um jeito especial que é só dele e eu me senti preenchida de amor. Foi uma sensação física, como se o amor fosse concreto” – conta.

Nenhuma mulher é igual, logo, nenhuma mãe vai ser igual à outra. E assim também é com as experiências de maternidade, que são diferentes para cada uma.
Nenhuma mulher é igual, logo, nenhuma mãe vai ser igual à outra. E assim também é com as experiências de maternidade, que são diferentes para cada uma.

O post traz trechos tocantes e verdadeiros, traz compreensão, empatia e sororidade. A autora conclui que, para cada mulher, este inexplicável aparece de uma forma e num tempo diferentes, por razões diferentes. Também tem mães que não sentem. E está tudo bem.

Afinal de contas, “amar não é fácil. Amar incondicionalmente, como se espera das mães, é mais difícil ainda”, como ela mesma defende. Por fim, ela diz: “ninguém é menos mãe porque não amou o filho automaticamente”.

Para conferir o post na íntegra, clique aqui.

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