Afeto: loja devolve dinheiro após mãe perder o bebê

A empresária paulistana Renata Marino Senise não imaginava o capítulo seguinte de sua história quando planejou o quarto da filha Bella, que estava por vir.

Depois de escolher cada cantinho do quarto da pequena, ela finalmente podia dizer que esperava seu bebê com ‘tudo’ pronto. “Só o cheiro dos móveis me fazia sonhar. Era o sonho da Bella chegando”, conta Renata no texto que compartilhou no Facebook.

Depois do parto, veio o lance inesperado do destino. Mãe e filha estavam com herpes tipo 1, e, após ser levada à UTI, a bebê não resistiu.

Uma história pessoal de dor que ganhou contornos de leveza graças ao gesto de acolhimento de terceiros.

Apesar de toda a dor e do tempo de elaboração da perda, cada gesto de acolhimento fez diferença no processo. É o que ela divide em um depoimento, que foi publicado há duas semanas, e viralizou nas redes.

Porém, a página mais esperada no capítulo do acolhimento foi totalmente inesperada: a loja onde comprou os móveis do quarto da filha resolveu devolver o investimento, em uma atitude de afeto. Para uma mãe que vivencia um trauma como este, cada detalhe conta.

“Aquele quarto já não fazia mais sentido, pois jamais seria ocupado por sua dona. Eu nem conseguia entrar nele direito. Tão lindo. Tão vazio”, escreveu Renata.

https://www.facebook.com/renata.senise/posts/10215140835773011

No texto, ela conta como aconteceu a devolução que para ela significou um respiro em meio ao luto.

“Eis que a linda da arquiteta decidiu me ajudar quando chegou a hora de desmonta-lo (hora essa que eu escolhi – foi tudo no meu tempo). E ela ligou na loja para saber mais como eles poderiam ajudar nessa hora tão doída. E, diferentemente de qualquer outra loja deste mundo atual em que vivemos, eles me deram duas opções lindas: ou mandariam um funcionário desmontar e embalar tudo e, quando eu quisesse, eles mandariam novamente uma pessoa para montar tudo, sem custo, ou então viriam buscar os móveis e me devolveriam todo o dinheiro. Sim, depois de 6 meses eles receberiam tudo de volta.”

A história ganhou as redes sociais, com mais de 1.300 compartilhamentos, reforçando a importância do acolhimento, sobretudo em momentos de sofrimento.

“Eles foram a gentileza em pessoa. Viram que eu estava atordoada e falaram pra eu ficar na sala enquanto eles desmontavam tudo. Fizeram graça para me fazer rir. Juro que achei que eles fossem me abraçar no final. E falaram que voltarão para montar o próximo quarto. Que fazem questão.”

Para ler o relato de Renata na íntegra, clique aqui.

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