5 caminhos para manter o autocontrole e a calma na hora da birra

Por: Camila Hungria

Manter a calma durante um ataque de birra “daqueles”, muitas vezes, se transforma em uma tarefa das mais desafiadoras.

Como manter a calma em situações como essas? 
Como manter a calma em situações como essas? 

A seguir confira dicas compartilhadas no Militância materna com sugestões de caminhos que podem ajudar a exercitar nosso controle emocional de pais e mães com filhos pequenos:

  1. Assuma a raiva:  “A raiva é um sentimento normal e que todas nós sentimos. Surge porque estamos frustradas, cansadas, esgotadas, com fome, com sono, tendo que atender outras demandas, e aí até uma simples troca de roupa da criança pode se transformar num calvário materno. A impaciência aparece principalmente nos nossos momentos de estresse tornando insuportável qualquer descontrole, chilique ou piti dos nossos preciosos. É normal se sentir frustrada, irritada ou com raiva da criança por ela se recusar a fazer algo que queremos e que ela, por algum motivo que talvez nunca saberemos, achou ofensivo naquele momento. E é justamente nesses momentos que precisamos assumir o sentimento que estamos tendo sem culpas e recuar, buscando manter alguma calma para que nossas ações e palavras não sejam carregadas de violência. Não tem problema você sentir nada disso. Como você vai agir apesar disso é que faz diferença.
    Respire — É a mãe do autocontrole. Antes de qualquer atitude respire, respire novamente e respire de novo. Conte até 10 e aí respire mais um pouco. Muitas vezes o tempo em que você busca se acalmar também será o tempo em que a criança se abranda. Analise o contexto antes de agir e não esqueça de ser empático nas ações e palavras”
  2. Se afaste : “Se ainda assim for difícil manter o controle, e a situação parece caótica, se afaste por alguns minutos, pode ser simplesmente mantendo-se parada em silêncio (se não puder se retirar um pouco realmente) feche os olhos e visualize uma imagem serena na mente, respire calmamente e novamente volte atenção ao momento”
  3. Empatia sempre : “Antes de qualquer ação o mantra deve ser entoado: “são crianças, seres humanos em desenvolvimento, não tem controle emocional, estão construindo o certo e errado a partir da socialização e somos nós (adultos) que precisamos dar as ferramentas certas para que se desenvolvam como seres humanos íntegros”. Você é a pessoa adulta, que tem mais bagagem para entender e lidar com a tempestade emocional da situação e não a criança. Ou seja, na dança do piti, a gente que deve se controlar”.
  4. Evite o confronto em momentos de tensão: “Lute as batalhas que você pode ganhar. Nunca tente provocar um enfrentamento ou ensinar algo enquanto a criança está nervosa ou chorando. Somente após acalmar a criança explique-a de forma objetiva o que estava acontecendo, inclusive fazendo-a começar a perceber que ficou nervosa, com raiva, irritada, etc. Isso é importante para a cria começar a entender os próprios sentimentos”
  5. Tente não se culpar : “Essa é a parte mais difícil, mas tente ser um pouco generosa consigo mesma. Criar filhos não é uma coisa fácil nem quando todas as variáveis estão perfeitamente encaixadas: rede de apoio, pai que cumpre obrigações, vida financeira estabilizada… Imagina então na realidade da maioria das mulheres que fazem tripla jornada (trabalho-casa-filhos) e muitas vezes quádrupla jornada (trabalho-estudo-casa-filhos). Que são as principais responsáveis por tudo que acontece com a criança. Que estão completamente sozinhas nesta tarefa. Se dê algum crédito, é impossível não surtar. E óbvio, nada disso é culpa da criança, tampouco é culpa sua. Ás vezes pequenos (e grandes) descontroles acontecem sim. Mães são humanas. O importante é ir tomando cada vez mais consciência do próprio processo emocional para tentar trazer algum equilíbrio a si mesma e à relação com o filho. Com generosidade. Sem culpas”.

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