Medo: ‘em vez de negar, validemos a emoção’, sugere especialista

Criar filhos significa, diariamente, ser surpreendido por perguntas, situações e dilemas, e muitas vezes não ter uma resposta, ou não saber exatamente como agir nessas situações. Lidar com o sentimento de medo dos filhos, se encaixa nesse quadro de dúvidas.

No livro “Crianza con Apego: De la teoria a la práctica”, Sandra Ramirez, autora e especialista em criação com apego  aborda o tema. Para ela, negar a emoção de uma criança pode gerar insegurança.

“Essa faceta do medo se irá por si só, sem que nos demos muita importância e sem nos reajamos negativamente a ela”.

Por volta dos 18 meses aos 36 meses, é comum que que os pequenos sintam medo de coisas, muitas vezes, comuns, como barulhos muito fortes, criaturas imaginárias ou monstros, explica a autora.

“Essa faceta do medo se irá por si só, sem que nos demos muita importância e sem nos reajamos negativamente a ela. O medo é uma emoção normal que todos já sentimos e nos corresponde dar a ele o lugar que merece em vez de negar o que se está sentindo”, escreveu.

“Em vez de negar, validemos a emoção com uma frase empática que lhe confirme que não está louco ou sozinho em seu sentir. A empatia não só acalma como também gera conexão”

Em vez de negar, Sandra sugere que os adultos acolham a criança em sua emoção e demonstrem empatia.

“Em vez de negar, validemos a emoção com uma frase empática que lhe confirme que não está louco ou sozinho em seu sentir. A empatia não só acalma como também gera conexão: ‘Eu sei que você tem medo de aranha. Eu também tinha medo quando era criança, mas depois aprendi que se não mexo com elas, não me farão mal’. Uma frase desse estilo tem mais probabilidades de ajudar a criança que insistir em que se esqueça ou dizer que não está sentindo o que sim está sentindo”, escreveu no livro.

Com informações de Criando com Apego

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