Procura por sêmen americano cresce entre as brasileiras

Diferente do Brasil, em países como Estados Unidos, a venda de sêmen é legalizada. Os bancos oferecem às interessadas um perfil detalhado dos doadores que inclui, além da descrição da aparência, informações como hobbies e profissão.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a demanda por esperma americano cresceu mais 2500%, entre 2011 e 2016. O estudo mostrou ainda que São Paulo foi o estado que importou a maioria das amostras solicitadas.

As características fenotípicas (aparência do doador) interferem, e muito, nas importações. Das 1.011 amostras de sêmen importadas dos Estados Unidos, de 2014 a 2016, quase todas são de homens brancos (95%), e o restante é de latinos (2%), asiáticos (2%) e de mestiços (1%).

São Paulo foi o estado que importou a maioria das amostras solicitadas.

As amostras de sêmen foram trazidas de três bancos norte-americanos e obtidas de 362 doadores diferentes – 95% das que chegaram ao Brasil foram de doadores de origem caucasiana e apenas duas de negros.

Já a opção por doadores de olhos azul foi predominante, representando 52%. Em segundo lugar ficaram os olhos castanhos, com 24%, seguida da cor verde – 13%. Em relação a cor dos cabelos, a maioria dos doadores das amostras solicitadas possuía cabelos castanhos (64%), seguidos pelos loiros (27%), pretos (7%) e ruivos (2%).

No período analisado, um mesmo doador chegou a ter 30 amostras de seu sêmen importadas para o Brasil – as informações informam que é um homem caucasiano, de olhos verdes e cabelos castanhos.

O grupo que apresentou maior crescimento na demanda foi o de casais homoafetivos de mulheres, em 279%, seguido pelo grupo de mulheres solteiras, em 114% e pelo de casais heterossexuais, em 85%, no período de 2015 a 2016.

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