“Sorrio a cada pequena coisa que ele faz, mas não hoje”, diz mãe

“Na maioria dos dias, bebo meu café e sorrio a cada pequena coisa que ele faz pensando que é a melhor coisa do mundo, mas não hoje. Estou chorando há duas horas e choro enquanto escrevo isso”, desabafou a modelo americano Tess Holliday em um texto que viralizou nas redes sociais na última segunda-feira, 27.

Tess trabalha como modelo plus size e é mãe de dois meninos – Rilee, de 11 anos, e Bowie, de 8 meses, e conta no relato que publicou em sua conta no Instagram as pressões que sofre por ter de corresponder às expectativas do trabalho e da maternidade, uma realidade comum à maioria das mulheres que se transformam em mães e assumem a responsabilidade de múltiplos papéis sociais.

Tess conta que trabalha quase 15 horas por dia além de tomar conta dos meninos.

No depoimento, a modelo expressa os sentimentos ambíguos que podem fazer parte da rotina da maternidade, o que muitas vezes agrava as cobranças que a sociedade impõe sobre as mulheres e e o ato de amamentar. Quando escreveu o desabafo, era madrugada e Tess estava sem dormir tentando embalar o sono do bebê. “Cada vez que Bowie pega no sono e tento deitá-lo no berço, ele acorda. Estão nascendo seus dentes e ele não tem ideia de que tenho de trabalhar hoje”, escreve.

O relato de Tess já teve mais de 74 mil reações e mais de 4 mil comentários.
Créditos: LECO_DE_SOUZA
O relato de Tess já teve mais de 74 mil reações e mais de 4 mil comentários.

O depoimento toca também em outros pontos sensíveis da maternidade, como a falta de acolhimento do mercado de trabalho e o culto ao corpo e à aparência. Para Tess e muitas outras mães que vivenciam todas essas cobranças de uma só vez, conciliá-las com a privação do sono e a instabilidade hormonal torna-se uma verdadeira guerra diária, silenciosa e, muitas vezes, individual.

“Espero que um dia a sociedade considere as mães como seres humanos imperfeitos que somos”, pede Tess no final do texto, fazendo um apelo pela empatia e compaixão, e alertando para a importância não só da rede de apoio da mulher, mas também do acolhimento da maternidade no âmbito social.

Leia mais: